02-09-2012 - Catarinense fica em terceiro lugar na 23a. edição do DEZ MILHAS GAROTO

A tradicional prova de dez milhas (16,09 km) que este ano completa sua 23ª. edição, teve uma novidade muito veloz: a organizadora do evento convidou a elite brasileira da patinação de velocidade para uma corrida demonstração, uma atração a mais para os mais de 6.000 inscritos e as quase 50.000 pessoas que foram assistir de perto esta prova. Os catarinenses Daian Knorst (Chapecó) e João Scarpin (Florianópolis) foram os convidados de Santa Catarina para esta prova, que teve ainda a participação dos melhores patinadores do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Divido a distância e as dificuldades de patrocínio, apenas o Campeão Brasileiro de 2012, João Scarpin (33) conseguiu participar da prova, terminando em terceiro lugar.

Demonstração do futuro do esporte 
A abertura para a patinação de velocidade nesta corrida de rua mostra que o futuro do esporte será agitado. “Como toda organização já está montada e preparada para receber atletas de corrida de rua, múltiplas modalidades menores podem se beneficiar com a exposição, permitindo atrair mais praticantes” destaca João Scarpin, falando que não só a patinação, como também cadeirantes e deficientes visuais participaram da Dez Milhas Garoto.

Organização promete colocar a modalidade no regulamento 2013
Um dos principais atrativos da prova é a travessia da Terceira Ponte. Com mais de 60 metros de altura, pouco mais de quarto quilômetros e um visual de tirar o fôlego, a organização da corrida estava preocupada com a velocidade que os atletas iriam atingir na descida da ponte. Com medições máximas de 67 km/h e sem a ocorrência de nenhuma queda, a organização estuda a alteração do regulamento para colocar a patinação de velocidade em definitivo na prova.

Falta de patrocínio dificulta conquistas dos atletas catarinenses. 
Um ano atípico para a patinação de velocidade, 2012 teve mais provas de rua com abertura para a modalidade do que provas específicas para corredores sobre patins, delineando o futuro das competições sobre rodas no país. Para os catarinenses, a preparação e participação nestas competições é muito difícil sem patrocinadores. “Temos muitos apoiadores, principalmente para nossa preparação física. Porém a manutenção de equipamentos, inscrições, passagens e diárias são por nossa conta. E como quase todas as provas são no sudeste, nossa participação é quase inviável” conta Daian Ludwig (35), que para participar destas provas, primeiro precisa vencer os 600 km que o separam da capital para seguir qualquer viagem. “Além disso, a falta de lugar adequado para treinar é o nosso principal adversário” complementa Daian.

Em 2011, por meio do projeto “Rumo a Vitória” do Governo do Estado, João Scarpin e Daian Knorst receberam subsídios para participar de provas nacionais e internacionais, trazendo para Santa Catarina o ouro no Campeonato Brasileiro, o bronze no Sul-Americano Master realizado na Argentina e a melhor qualificação de um brasileiro na Maratona de Berlim: 29º lugar para João Scarpin. Mesmo com estes resultados garantidos, em 2012 os catarinenses encerram o ano sem patrocinadores.

Um comentário:

  1. Com mais exposição, cresce a esperança de mais apoio. Parabéns pela conquista!

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