07-09-2012 - Patinação de Velocidade nas Olimpíadas 2020.

A Federação Internacional de Esportes sobre Rodas (FIRS - Fédération Internationale de Roller Sports) está preparada para a inspeção mais esperada de todos os tempos. O COI - Comitê Olímpico Internacional estará realizando suas avaliações durante o mundial de 2012 para inclusão da modalidade em 2020 nos Jogos Olímpicos.

Sabe que outras modalidades também podem entrar? Escalada, karate, squash, wakeboard, wushu, baseball e softball. Tá ficando moderninho e radical esse tal de Jogos Olímpicos!

Voltando a Patinação de Velocidade:
Leia matéria completa (em inglês).

03-09-2012 - "Achei que ia cair"

Único catarinense a correr as DEZ MILHAS GAROTO, o patinador João Vicente Scarpin, de Florianópolis, conta os momentos de angústia que sofreu durante a prova disputada na cidade Vitória (ES) no último final de semana.

Devido a um problema em seu equipamento de competição, uma das rodas de seu patins ficou em permanente contato com a sola da bota, gerando fricção e calor. "Foi tanta fricção que a sola da bota, que é de fibra de carbono, derreteu criando um sulco. Dentro da bota ficou tão quente que queimou a sola do meu pé já nos primeiro quilômetros."

Para o patinador catarinense, o momento mais tenso foi a descida da Terceira Ponte, uma construção com mais de 60 metros de altura e piso de concreto. "Do momento que a gente começa a descer já alcançamos uma velocidade muito alta. Em poucos metros saímos de 17 para 52 km/h. O problema é que nessa velocidade, o calor gerado era tanto que eu tinha que tirar o pé do chão para parar a fricção na bota. E o chão da ponte era de concreto muito irregular. Sinceramente achei que ia cair a qualquer momento."

Apesar das dificuldades técnicas, equipamentos defasados e a falta de patrocínio, nosso patinador conseguiu conquistar a medalha de bronze na prova, um resultado que ele considera provocador: "Este ano em todas as provas que participei sempre tive algum problema com equipamento. Tudo vai bem nos treinos, mas nas provas o equipamento não aguenta. Vai sair caro, mas vou investir pesado para atualizar meus equipamentos."

02-09-2012 - Catarinense fica em terceiro lugar na 23a. edição do DEZ MILHAS GAROTO

A tradicional prova de dez milhas (16,09 km) que este ano completa sua 23ª. edição, teve uma novidade muito veloz: a organizadora do evento convidou a elite brasileira da patinação de velocidade para uma corrida demonstração, uma atração a mais para os mais de 6.000 inscritos e as quase 50.000 pessoas que foram assistir de perto esta prova. Os catarinenses Daian Knorst (Chapecó) e João Scarpin (Florianópolis) foram os convidados de Santa Catarina para esta prova, que teve ainda a participação dos melhores patinadores do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Divido a distância e as dificuldades de patrocínio, apenas o Campeão Brasileiro de 2012, João Scarpin (33) conseguiu participar da prova, terminando em terceiro lugar.

Demonstração do futuro do esporte 
A abertura para a patinação de velocidade nesta corrida de rua mostra que o futuro do esporte será agitado. “Como toda organização já está montada e preparada para receber atletas de corrida de rua, múltiplas modalidades menores podem se beneficiar com a exposição, permitindo atrair mais praticantes” destaca João Scarpin, falando que não só a patinação, como também cadeirantes e deficientes visuais participaram da Dez Milhas Garoto.

Organização promete colocar a modalidade no regulamento 2013
Um dos principais atrativos da prova é a travessia da Terceira Ponte. Com mais de 60 metros de altura, pouco mais de quarto quilômetros e um visual de tirar o fôlego, a organização da corrida estava preocupada com a velocidade que os atletas iriam atingir na descida da ponte. Com medições máximas de 67 km/h e sem a ocorrência de nenhuma queda, a organização estuda a alteração do regulamento para colocar a patinação de velocidade em definitivo na prova.

Falta de patrocínio dificulta conquistas dos atletas catarinenses. 
Um ano atípico para a patinação de velocidade, 2012 teve mais provas de rua com abertura para a modalidade do que provas específicas para corredores sobre patins, delineando o futuro das competições sobre rodas no país. Para os catarinenses, a preparação e participação nestas competições é muito difícil sem patrocinadores. “Temos muitos apoiadores, principalmente para nossa preparação física. Porém a manutenção de equipamentos, inscrições, passagens e diárias são por nossa conta. E como quase todas as provas são no sudeste, nossa participação é quase inviável” conta Daian Ludwig (35), que para participar destas provas, primeiro precisa vencer os 600 km que o separam da capital para seguir qualquer viagem. “Além disso, a falta de lugar adequado para treinar é o nosso principal adversário” complementa Daian.

Em 2011, por meio do projeto “Rumo a Vitória” do Governo do Estado, João Scarpin e Daian Knorst receberam subsídios para participar de provas nacionais e internacionais, trazendo para Santa Catarina o ouro no Campeonato Brasileiro, o bronze no Sul-Americano Master realizado na Argentina e a melhor qualificação de um brasileiro na Maratona de Berlim: 29º lugar para João Scarpin. Mesmo com estes resultados garantidos, em 2012 os catarinenses encerram o ano sem patrocinadores.